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CES

PATOLOGIAS/ PERTURBAÇÕES DO SONO

Insónias

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Dormiu bem esta noite? Farto de perder sono? Precisa de acabar com as Insónias? Saiba tudo sobre as terapias do sono praticadas na nossa clínica.

Quando nos é difícil iniciar e/ou manter um sono constante e de qualidade, a culpada é a insónia. Aguda (de curto prazo) ou crónica, a insónia pode resultar de diferentes distúrbios relacionados com o sono, entre eles:

  • Disfunções respiratórias (como a apneia do sono, entre outras);
  • Alterações motoras (pernas inquietas, movimentos periódicos das pernas, etc);
  • Perturbações do ritmo circadiano sono-vigília (em que alterações no relógio biológico levam a horários inadequados e irregulares);
  • Parassónias (alterações que podem surgir do sono e influenciá-lo como o sonambulismo, terrores nocturnos, pesadelos e a paralisia do sono)

e, ainda,

  • Hipersónias (as quais têm paralelismos sintomáticos com as insónias, embora tenham como queixa frequente a sonolência excessiva).

O diagnóstico correcto, embora clínico na maior parte das vezes (leia-se: sem necessidade de exames auxiliares complexos) é a chave para um tratamento bem-sucedido. O tratamento pode ser conservador e/ou farmacológico.
É importante ressalvar que, nos casos em que a insónia é identificada como decorrente de outro distúrbio (apneia do sono, alteração dos movimentos, etc), o tratamento deverá ser dirigido de forma a englobá-lo.

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Apneia do Sono

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Dentro do grupo de perturbações respiratórias do sono (PRS), a apneia do sono assume um lugar de destaque, tanto pela sua frequência na população geral, como pelas complicações a ela associadas. Assim, a SAOS (Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono) caracteriza-se pela interrupção da ventilação regular durante o sono por um período mínimo de 10 segundos por cada episódio de apneia. Outros distúrbios relacionados com o sono, como o ronco, participam no fenómeno da apneia do sono, que se deve, em larga medida, à diminuição do fluxo (em crescendo até à total ausência de ar) associado às hiponeias. Inclui-se, ainda (dentro da classe das PRS) alterações centrais, as quais interferem nos mecanismos de regulação cerebral responsáveis pela respiração, em contraste com o bloqueio das vias aéreas, sintoma típico dos problemas obstrutivos à passagem do ar.

O distúrbio da apneia do sono agrava-se em pacientes que sofrem de hipoventilação relacionada com sobrepeso e obesidade, afectando as suas vidas de forma significativa. Para além de sonolência excessiva durante o dia, regista-se, ainda, problemas como o aumento de risco de acidentes, alterações cognitivas relacionadas com ADHD (transtorno do défice de atenção com hiperatividade) e falta de memória, assim como disfunções sexuais e cardiovasculares (como hipertensão, insuficiência cardíaca, entre outras). Também se pode observar perturbações metabólicas (como a diabetes), para além do aumento da propensão geral para contrair doenças e o risco de morte precoce.

Infelizmente, perante a suspeita de existência de uma PRS, o diagnóstico ainda carece, na maior parte das vezes, de estudos de sono. A Polissonografia com internamento (nível I) é o estudo de sono reconhecido como o exame diagnóstico mais sofisticado à disposição dos terapeutas do sono. No entanto, na maioria dos casos, a Polissonografia em ambulatório (nível II), assim como um simples registo cardiorespiratório durante o sono (nível III), são suficientes para complementar o historial clínico do paciente e atribuir-lhe um diagnóstico preciso.

A terapia adapta-se a cada caso, consoante o seu grau de gravidade e natureza particulares. Nos casos de apneia do sono por Obstrução Grave, o tratamento de eleição, quando mantida a adesão, é a ventilação não-invasiva com recurso a ventiladores portáteis conhecidos por CPAP (quando a pressão positiva é contínua na via aérea) ou APAP (quando a pressão positiva é automática).

No entanto, poderá haver indicação para outras abordagens. Por exemplo, quando a relação anatómica com a doença da apneia do sono é inequívoca e, também, em estágios de menor gravidade, poder-se-á recorrer a aparelhos de avanço mandibular e a intervenções cirúrgicas orientadas para os tecidos moles (adenoidectomia, amigdalectomia, ou ambas) e/ou para os tecidos duros (cirurgia ortognática). Existem, inclusivamente, variantes cirúrgicas nas quais, em casos específicos e devidamente selecionados, se consegue um elevado grau de sucesso. Terapias como o tratamento da roncopatia (ressonar isolado) apresentam uma grande taxa de êxito através de métodos simples como, uma vez mais, os aparelhos de avanço mandibular e a cirurgia, para além de reposicionadores corporais e, até, LASER.
O CES, nossa clínica de sono, é pioneiro na técnica LASER, tendo-se verificado resultados muito encorajadores para o futuro das terapias do sono.

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Ronco

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Dormiu bem esta noite? Quer saber como deixar de ressonar? Continue a ler pois talvez precise de visitar a nossa clínica do sono. A seguir, explicamos um dos distúrbios mais comuns: o ronco.

Quando as vias respiratórias superiores se encontram obstruídas parcialmente durante o sono, o ronco (ou ressono, acto de ressonar) acontece. Assim, diferentes factores podem estar por trás do fenómeno do ronco. Entre eles, causas naturais como o contacto das paredes da faringe (cujo tónus muscular diminui quando o corpo se encontra em repouso) aliado à sua inevitável perda de elasticidade decorrente do avançar da idade. Obstruções também nas fossas nasais podem explicar o porquê de se ressonar. Nesse caso, o aumento da produção e secreção de muco junta-se a outros problemas como o desvio do septo nasal, as rinites e sinusites e ainda a formação de pólipos nasais como possíveis causas do ronco durante o sono. Para além da faringe e do nariz, também a hiperplasia (aumento em tamanho) das amígdalas e/ou dos adenóides, assim como o excesso de gordura no pescoço e, ainda, as mais variadas alterações estruturais das vias aéreas superiores (como os casos de hipoplasia da mandíbula e da maxila, a macrogrossia, o queixo duplo, alterações nos ossos faciais, entre outros) podem estar a provocar o ronco, prejudicando a qualidade do seu sono. O ronco deve ser levado a sério por tratar-se, geralmente, da manifestação inicial de um distúrbio do sono mais sério: a apneia do sono. No entanto, são várias as técnicas clínicas ao dispor dos nossos experientes e amplamente qualificados terapeutas do sono a serem aplicadas no seu tratamento, consoante a avaliação do seu caso pessoal.

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Perturbações Respiratórias do Sono

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A perturbação respiratória do sono (PRS) com maior importância, pela sua frequência na população em geral e pelas complicações conhecidas é a Síndrome de Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS), uma condição que está associada à interrupção da ventilação normal durante o sono. A SAOS compreende um espectro grande de potenciais problemas que passam pelo ressonar habitual, pelo aumento na resistência das vias aéreas durante o sono, pela diminuição do fluxo que corresponde ao que conhecemos por hiponeias até à ausência completa de ar durante um mínimo de 10 segundos e que caracteriza o episódio de apneia. Contudo, dentro desta classe de doenças também se incluem alterações denominadas centrais, que em contraste com o bloqueio das vias aéreas à passagem do ar típico dos problemas obstrutivos, interferem nos mecanismos de regulação cerebral relacionados com a respiração. Existem ainda alterações na ventilação de hipoventilação, nomeadamente relacionadas com o excesso de peso e obesidade, que podem afectar de forma significativa e grave o individuo. Grande parte destas doenças manifestam-se por sonolência excessiva durante o dia, com aumento do risco para acidentes, por alterações cognitivas relacionadas com défice de atenção e memória, disfunção sexual, cardiovascular (hipertensão, insuficiência cardíaca…) e metabólica (como a diabetes) com aumento do risco de doença e de morte precoce.

A hipótese de diagnóstico perante a suspeita de PRS carece, na maioria das vezes, de confirmação por exames específicos denominados estudos de sono e que se classificam em níveis distintos de acordo com as suas capacidades, tendo consequentemente indicações especificas. O padrão reconhecido como o exame diagnóstico mais complexo em laboratório de sono é a polissonografia com internamento (nível I). Porém, na maioria dos casos de suspeita de PRS, a polissonografia em ambulatório (nível II) ou um registo cardiorespiratório durante o tempo de sono (nível III) são suficientes para um diagnóstico adequado.

A terapêutica depende da situação concreta e da sua gravidade. Nos casos de apneia do sono por obstrução grave, a ventilação não invasiva com recurso a ventiladores portáteis conhecidos por CPAP (pressão positiva contínua na via aérea) ou APAP (pressão positiva automática na via aérea) é quando mantida a adesão, o tratamento de escolha. Porém, noutros estágios de menor gravidade ou quando é inequívoca a relação anatómica com a doença, os aparelhos de avanço mandibular, e as intervenções cirúrgicas orientadas aos tecidos moles ( adenoidectomia, amigdalectomia ou ambas as técnicas, sobretudo nas crianças) e duros (cirurgia ortognática) podem ser indicadas. Existem variantes cirúrgicas que, em casos específicos e bem selecionados têm um grau elevado de sucesso. O tratamento do ressonar isolado (também conhecido como roncopatia) pode ser bem-sucedido através de métodos simples como reposicionadores corporais, dispositivos de avanço mandibular, cirurgia e eventualmente LASER. O CES é pioneiro na técnica LASER e os resultados obtidos tem sido encorajadores.

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Hipersónias

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Dormiu bem esta noite? Sente uma quantidade atípica e extrema de sonolência? Já ouviu falar nas Hipersónias? Saiba tudo sobre esta terapia na nossa clínica do sono.

As hipersónias enquadram-se dentro de um grupo de distúrbios do sono relativamente raros cujo principal sintoma é o da hipersonolência. Contudo, ao contrário de outros distúrbios do sono que causam cansaço e sonolência extrema, no caso das hipersónias, essa sintomatologia deve-se a anomalias nos mecanismos cerebrais regulatórios do sono. No caso da Narcolépsia (principal doença do grupo), é frequente observar-se a ausência ou, pelo menos, uma diminuição dos neurónios que produzem o neurotransmissor Orexina (ou Hipocretina), o qual é co-responsável pelo estado de vigília. Assim, quando a Orexina se encontra ausente ou em insuficiência nos processos neurais do paciente, este é acometido por um sono irresistível, uma vez que os seus mecanismos cerebrais regulatórios do sono se encontram, durante o estado de vigília, a funcionar de forma a ela antagónica. Na verdade, esses mecanismos imitam funções neurais próprias do sono com sonhos (sono REM). Assim, nos sofredores de Narcolépsia, a neurologia do paciente atua de forma deslocada relativamente ao estado da sua consciência: ela comporta-se em pleno estado de vigília (consciência desperta) como se o cérebro do indivíduo se encontrasse em pleno sono REM, daí os episódios de Cataplexia (perda súbita e total de tónus muscular que leva o sujeito a perder a fala e o controlo motor, caindo sobre si) os quais são, na maior parte das vezes, espoletados pelo cérebro em resposta defensiva a um pico emocional. Episódios alucinatórios são habituais, nos sofredores de Narcolépsia, tanto no princípio do sono como no fim, assim como também é provável sofrer-se outros efeitos colaterais como distúrbios alimentares com impacto no peso e no sistema imunológico do paciente.

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Alterações do Ritmo Circadiano Sono-Vigília

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Os seus horários de sono encontram-se desregulados? A sonolência diurna é um obstáculo ao seu desempenho cognitivo e disponibilidade mental e, por conseguinte, à sua produtividade profissional ou rendimento académico? Se não dormiu bem esta noite, continue a ler. Na clínica do CES, temos a terapia do sono indicada para tratar qualquer distúrbio que esteja a afectá-lo/a.

As alterações do ritmo sono-vigília manifestam-se quando certas irregularidades intrínsecas ao relógio biológico desordenam o ritmo de sono do indivíduo. Na maior parte das vezes, estas irregularidades devem-se a desajustes nos níveis de Melatonina, a hormona indutora do sono que é secretada pela glândula pineal e libertada em resposta à ausência de luz. Nota: A Melatonina é, inclusivamente, usada em tratamentos de anti-envelhecimento pelas suas propriedades anti-tumorais, neuroprotetoras, imunológicas e anti-oxidantes.
Ou seja, embora mantendo-se regular no que toca à sua duração, o sono pode ficar atrasado (quando ocorre a horas mais tardias do que o normal, fenómeno comum em adolescentes e exacerbado durante os anos universitários, por exemplo) ou, até mesmo, adiantado (quando ocorre mais cedo no dia do que o normal, comum em idades avançadas, principalmente no cado de idosos internados em lares com exposição limitada à luz natural). O sono irregular pode, ainda, encontrar-se disperso pelas 24 horas do dia sem um padrão claro e definido.
Outros factores como o jet lag e o trabalho por turnos podem ter maiores repercussões, abrangendo outras áreas dentro dos distúrbios do sono ou, até mesmo, referirem-se a doenças de outra estirpe.

O diagnóstico compreende o historial clínico do paciente, sendo complementado pelo recurso à escrita em diários de sono e, eventualmente, poder-se-á recorrer, ainda, a uma terapia do sono denominada actigrafia, na qual um actígrafo (instrumento semelhante a um relógio de pulso) detecta os movimentos do corpo com a finalidade de identificar os padrões de sono do paciente, através de algoritmos bem definidos, permitindo ao especialista traçar um gráfico dos seus períodos de sono e vigília ao longo de 1 a 2 semanas, assim como definir o perfil circadiano do paciente (matutino, vespertino ou intermédio) ao confrontar os períodos de repouso do corpo com os seus períodos de actividade.
O tratamento varia consoante o quadro específico. O mais habitual é recorrer-se a suplementos de melatonina, assim como a fontes de luz branca orientadas no tempo, para além de estratégias cognitivo-comportamentais.

Em suma, destaca-se a experiência da clínica do Centro Europeu do Sono (CES) no âmbito das doenças e distúrbios do sono, uma vez que a área de intervenção dos seus terapeutas é altamente abrangente e diferenciada. Os recursos ao dispor dos nossos especialistas do sono inserem-se dentro de uma estrutura funcional de colaboração com o Instituto de Cronobiologia e Medicina do Sono e com o Instituto Internacional de Melatonina, referências internacionais na área das doenças e distúrbios do sono.

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Perturbações do Movimento Durante o Sono

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Não tem conseguido descansar durante a noite? Sente sonolência ao longo do dia? A razão pela qual não dormiu bem esta noite pode estar no texto que se segue (e a solução no interior da nossa clínica do sono!)

As PMS inserem-se dentro de um amplo espectro de doenças do sono cujas manifestações incluem uma atividade motora atípica durante o repouso. Não obstante e ao contrário do que se esperaria, um dos quadros mais frequentes deste grupo de distúrbios não ocorre durante o sono mas, sim, durante o estado de vigília, nomeadamente no final do dia. Assim, o perfil circadiano do paciente colide frequentemente com o início do período do sono. A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) trata-se de um distúrbio neurológico em que o paciente sente uma necessidade incontrolável de mover as pernas, constrangimento que se agrava com o repouso. Para além da clara relação com o início do sono (o qual se torna difícil, por motivos óbvios, dado o movimento excessivo), a SPI é habitualmente associada a outro distúrbio motor conhecido como MPS (movimentos periódicos do sono). Os MPS podem surgir a qualquer altura durante a noite, assim como podem derivar de uma patologia primária (como a apneia do sono) ou manifestarem-se em comorbidade (em simultâneo) com outros distúrbios, provocando despertares súbitos e dispersos, o que resulta num sono fragmentado e pouco regenerador para o paciente, sintomas que encontram paralelo noutros distúrbios, como no Bruxismo do Sono (ranger de dentes durante o sono). Embora com menor frequência, existem outros sintomas associados a este grupo de doenças do sono, como as cãibras noturnas e as mioclonias.

Quanto ao diagnóstico, este pode ser clínico (caso da SPI e, eventualmente, do Bruxismo do Sono) ou laboratorial (no caso dos MPS, das Epilepsias Noturnas, entre outros).
Uma vez descartada a associação com uma patologia específica, o tratamento é, por norma, farmacológico (recurso a suplementação de ferro, agonistas dopaminérgicos, benzodiazepínicos, entre outros) e dirigido a tratar os mecanismos biológicos da doença do sono detectada.

Finalmente, é vivamente aconselhada a procura do melhor e mais preciso diagnóstico médico, a ser realizado por experientes especialistas do sono como os terapeutas da clínica do CES, pois não são poucos os pacientes que se apresentam na consulta com sintomas isolados e fora do normal que se assemelham a alterações e perturbações consistentes com os distúrbios do sono por aqui descritos. Na realidade, são sintomas que, ou correspondem a patologias de outra área médica, ou resultam do consumo de certos fármacos ou de outras substâncias como os estupefacientes. Nesse caso, não é indicada qualquer terapia do sono.

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Parassonias

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Dormiu bem esta noite? O seu corpo move-se involuntariamente durante o sono, prejudicando o seu merecido descanso? Talvez esteja a ser importunado pelas parassónias. Continue a ler para saber tudo sobre os tratamentos praticados pelos especialistas da nossa clínica do sono!

De todos os distúrbios dentro do grupo das doenças do sono, as mais curiosas e peculiares dão pelo nome de Parassónias. Caracterizadas por movimentos corporais atípicos e outros eventos físicos indesejáveis que ocorrem em qualquer etapa do sono, as Parassónias interrompem o modelo saudável do repouso. Geram, por conseguinte, sonolência e cansaço ao longo do dia, para além de comprometerem tanto o desempenho físico do organismo, como o cognitivo. Estas patologias tendem a agravar-se com o avançar da idade e encontram-se divididas em dois sub-grupos: as parassónias do NREM (com incidência na primeira parte da noite) e as parassónias do REM (segunda parte da noite). As primeiras (NREM) comportam outros distúrbios como o sonambulismo, terrores noturnos e despertares confusos. As segundas incluem a doença comportamental associada ao sono REM e, ainda, certos distúrbios como os pesadelos e a paralisia isolada do sono.

Convém assinalar que as parassónias do NREM, mais frequentes nas crianças, são geralmente benignas para essa mesma faixa etária, sendo fundamental, no entanto, que os adultos redobrem a sua atenção e os seus cuidados visando a protecção dos mais pequenos face à agitação motora e deambulação próprias desta doença do sono, uma vez que certos perigos como escadas, janelas e objectos cortantes (entre outros) adquirem uma maior probabilidade de acidentes com prejuízo físico para a criança. Também é importante ter em conta que muitos dos sintomas das parassónias imitam processos epiléticos, pelo que cada caso deverá ser sujeitado ao diagnóstico clínico especializado.

Já o segundo tipo de parassónias (Parassónias do REM) é mais problemático, exigindo, por conseguinte, maior atenção e cuidado, dado o envolvimento da doença comportamental associada ao sono REM, a qual detém uma relevância considerável no contexto das doenças neurodegenerativas, assim como no campo médico-legal. Também os pesadelos (os quais podem resultar de transtornos traumáticos ou de outros distúrbios do foro psiquiátrico) e a paralisia do sono (exceptuando a narcolépsia) que ocorre quando o paciente não compreende o fenómeno de não conseguir mexer-se quando acorda, são factores que concorrem para a maior complexidade deste segundo tipo de parassónias.

O diagnóstico pode ser clínico ou decorrente de exames auxiliares, sobretudo na eventualidade de se comprovar a existência de outros distúrbios, como a apneia do sono ou a epilepsia, entre outros.

O tratamento varia consoante a frequência, a gravidade e as comorbidades (diferentes distúrbios que coincidem simultaneamente), podendo cingir-se a melhorar aspectos comportamentais do paciente, visando a regularização dos seus hábitos e padrões de sono. No entanto, há casos que implicam, ainda, uma terapia farmacológica de maneira a conseguir-se uma maior estimulação do sono profundo no paciente, assim como a supressão do sono REM, entre outras ações terapêuticas desejadas.

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